Massacre do Rio: o dedo da Faria Lima
A A Massacre do Rio: o dedo da Faria Lima O “ajuste fiscal” prepara o terreno: corta futuro, elimina alternativas, cria inimigos. Polícia executa. Círculo perfeito: quem perde tudo vira ameaça e é morto como exemplo. A mão que nutre as fintechs aperta o gatilho e derruba o moleque-avião Foi ontem. O Rio de Janeiro, mais uma vez, serviu de palco habitual das mazelas da República. Helicópteros rasgaram o céu da favela; rajadas, correria, corpos rolando no chão. Mães se agarraram às portas, celulares trêmulos tentando registrar o que restava de luz. Horas depois, o governador miliciano Cláudio Castro surgiu em cadeia nacional para converter o sangue em manchete: “operação concluída, a inteligência atuou”. Estava inaugurada a campanha de 2026. O sociologo Loïc Wacquant em uma frase deu o quadro há décadas: quando o Estado social se retrai, o Estado penal se impõe. No Rio (não só), essa retração é programada. A austeridade corta horizontes, desmont...